Mais um ministro de Lula “surta” ao descobrir proibição imposta por Trump
O governo brasileiro manifestou indignação após restrições impostas pelos Estados Unidos sobre autoridades brasileiras pouco antes da 80ª Assembleia‑Geral da ONU. O chanceler Mauro Vieira foi o mais recente a expressar publicamente seu descontentamento — ele classificou as medidas como “injustas” e “absurdas”.
O que aconteceu
As restrições afetaram diretamente o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que teve sua mobilidade limitada dentro da cidade de Nova York: autorizado a transitar apenas em um perímetro de cinco quarteirões. Além disso, foi impedido de viajar a Washington, o que inviabilizou sua participação em encontros da Organização Pan‑Americana da Saúde (Opas).
Padilha, em carta enviada à Opas, descreveu a medida como uma “afronta” e “atitude absurda”, e anunciou que desistiu de ir aos Estados Unidos sob essas condições.
Reação diplomática
O ministério das Relações Exteriores do Brasil acionou os canais diplomáticos para contestar as limitações.
Também foi solicitado o envolvimento de António Guterres, secretário‑geral da ONU, para que interceda junto ao país‑sede segundo os procedimentos previstos.
Implicações e questões em aberto
O episódio levanta dúvidas sobre os limites de atuação diplomática de autoridades estrangeiras em solo dos EUA, especialmente em períodos de reunião multilaterais.
Há possibilidade de que isso gere atritos diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos, com reflexos na cooperação internacional em saúde e nas reuniões multilaterais.
Também se discute quais serão as consequências práticas para o governo brasileiro: se o país irá aceitar compromissos limitados, se haverá retaliação diplomática, ou se buscará soluções jurídicas/internacionais para garantir a liberdade e igualdade de tratamento.
Contexto maior
Este incidente se soma a outras que envolvem restrições de viagem ou limitações impostas a autoridades de governos estrangeiros, levantando tensões sobre prerrogativas diplomáticas, imunidades ou facilidades de deslocamento em eventos internacionais. A situação expõe a necessidade de clareza nos tratados, protocolos e práticas diplomáticas que regem essas situações.