Corregedoria pede punição para deputados que ocuparam Câmara

O corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD-BA), solicitou nesta sexta-feira (19) a suspensão cautelar dos mandatos de três deputados federais por envolvimento direto no motim que paralisou os trabalhos do plenário da Casa no mês de agosto.

O pedido prevê a suspensão por 90 dias do deputado Marcos Pollon (PL-MS) e por 30 dias dos deputados Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Segundo o corregedor, os três parlamentares tiveram papel de destaque na obstrução das atividades legislativas.

De acordo com o relatório, Zé Trovão tentou impedir fisicamente o acesso do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), à Mesa Diretora, enquanto Pollon e Van Hattem resistiram até o fim antes de desocupar as cadeiras da presidência, impedindo o reestabelecimento da ordem.

Além da suspensão, Coronel recomendou censura escrita para outros 12 deputados da oposição envolvidos no episódio. Entre eles estão nomes de destaque do PL e de outros partidos de direita:

  • Allan Garcês (PP-MA)

  • Bia Kicis (PL-DF)

  • Carlos Jordy (PL-RJ)

  • Caroline de Toni (PL-SC)

  • Domingos Sávio (PL-MG)

  • Julia Zanatta (PL-SC)

  • Nikolas Ferreira (PL-MG)

  • Paulo Bilynskyj (PL-SP)

  • Pr. Marco Feliciano (PL-SP)

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL

  • Zucco (PL-RS), líder da oposição

— Atuamos com imparcialidade, analisamos cada conduta de forma individual e cumprimos o nosso compromisso de agilidade, entregando nosso relatório passados 22 dias úteis da representação, ou seja, metade do prazo. Agora, cabe à Mesa decidir sobre as recomendações apresentadas — afirmou o corregedor.

As punições agora serão avaliadas pela Mesa Diretora da Câmara, que decidirá se acata ou não as recomendações. A expectativa é de que a deliberação ocorra nas próximas semanas.

O motim foi visto como um dos momentos mais tensos da atual legislatura, com críticas de diversos setores políticos sobre a crescente radicalização e os frequentes atos de obstrução no plenário.

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Bruno Rigacci

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