URGENTE: Prefeito de importante capital é alvo de mandados de busca e apreensão da PF
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), a Operação Paroxismo, com o objetivo de investigar um suposto esquema de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo a construção do Hospital Geral Municipal de Macapá. O principal alvo da operação é o prefeito da capital amapaense, Antonio Paulo de Oliveira Furlan (MDB).
Segundo nota oficial da PF, os agentes cumpriram 13 mandados de busca e apreensão — 11 na cidade de Macapá e 2 em Belém (PA). As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal com base em indícios de um esquema criminoso estruturado entre servidores públicos e empresários locais.
“As investigações apontam para o direcionamento de licitação, desvio de recursos públicos e pagamento de propina, envolvendo o projeto de engenharia e execução das obras do Hospital Geral Municipal de Macapá”, informou a Polícia Federal.
O contrato sob investigação foi assinado em maio de 2024, com valor estimado em R$ 69,3 milhões. A obra era uma das principais promessas da atual gestão municipal para a área da saúde.
Saque de R$ 9 milhões chama atenção
Durante a apuração, os investigadores identificaram movimentações financeiras consideradas atípicas, incluindo o saque em espécie de R$ 9 milhões diretamente em uma agência bancária por um dos suspeitos. O montante, retirado sem justificativa plausível, levantou suspeitas de tentativa de ocultação da origem dos recursos.
A PF também revelou que os investigados utilizaram métodos sofisticados de lavagem de dinheiro, como entregas de valores em espécie, utilização de “laranjas” e movimentações bancárias planejadas para dificultar o rastreamento dos fundos desviados.
O que se sabe até agora
O foco das investigações é o contrato para construção do Hospital Geral de Macapá, firmado em 2024.
Há suspeitas de fraude na licitação, superfaturamento, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro.
Antonio Furlan, atual prefeito de Macapá, é investigado por envolvimento direto no esquema.
Um dos suspeitos teria sacado R$ 9 milhões em espécie, o que reforçou as suspeitas da PF.
As investigações continuam sob sigilo, mas a operação pode resultar em indiciamentos por corrupção, fraude licitatória, peculato e lavagem de capitais.
Próximos passos
A Polícia Federal seguirá com a análise dos documentos e equipamentos apreendidos durante a operação. Os investigados poderão ser intimados a prestar depoimento nos próximos dias. Não há informações, até o momento, sobre prisões preventivas ou afastamento de cargos.
O Ministério Público Federal acompanha o caso e poderá oferecer denúncia formal após o término da fase investigativa.
A Prefeitura de Macapá ainda não se pronunciou oficialmente sobre a operação ou sobre o envolvimento do prefeito.