Diante do “terror” de Barroso, fato que ocorreu logo após eleições de 2022 volta a viralizar (veja o vídeo)
O ambiente nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se visivelmente tenso após o anúncio do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que comunicou a revogação dos vistos americanos de ministros da Corte e de seus familiares. A medida atinge nomes de peso como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso — presidente do STF — e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
De acordo com fontes ligadas ao Judiciário, o episódio gerou apreensão entre os magistrados, especialmente diante de rumores sobre possíveis deportações de familiares que vivem ou trabalham nos Estados Unidos. Um dos nomes que circula com frequência nos bastidores é o de Bernardo Barroso, filho do ministro Barroso, que atua no setor financeiro em Miami, vinculado ao banco BTG Pactual.
As sanções impostas por Washington são vistas por analistas como um forte sinal de que a crise institucional no Brasil ultrapassou fronteiras e começou a ter repercussões diplomáticas diretas. No entanto, o Itamaraty ainda não se manifestou oficialmente sobre o gesto americano, que escancarou o desgaste da relação entre os Poderes no Brasil — agora com o acréscimo de um elemento internacional.
Enquanto isso, nas redes sociais, a frase “perdeu, mané” voltou a circular amplamente como forma de deboche ao ministro Barroso. A expressão viralizou em 2022, quando o magistrado foi abordado por um manifestante brasileiro nos Estados Unidos logo após as eleições presidenciais. Em resposta, Barroso retrucou com a frase, que rapidamente se tornou um símbolo da postura combativa do STF frente a apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro.
Agora, a mesma frase tem sido resgatada por internautas como ironia diante da reviravolta, com a aplicação de sanções por parte do governo norte-americano contra figuras centrais da Suprema Corte brasileira.
Com o retorno das atividades legislativas marcado para 4 de agosto, cresce a expectativa sobre os próximos desdobramentos da crise institucional, especialmente com a possibilidade de novas ações por parte do Congresso contra decisões do STF, e a pressão de aliados bolsonaristas por responsabilizações no Judiciário. O clima, tanto em Brasília quanto nas redes, é de instabilidade crescente.