Revelado quem é o autor de atentado dentro de escola que terminou com a morte de criança de apenas 9 anos

O adolescente de 16 anos que invadiu a Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, em Estação, no norte do Rio Grande do Sul, e atacou alunos e uma professora na manhã desta terça-feira (8/7), estava em acompanhamento psicológico, segundo revelou o prefeito do município, Geverson Zimermman, em entrevista à Rádio Gaúcha.

O jovem, que matou o próprio irmão — um menino de apenas 9 anos — e feriu outras duas crianças e uma professora, é de uma família tradicional da cidade e havia passado por atendimento psicológico ou psiquiátrico na véspera do ataque, de acordo com informações do chefe do Executivo municipal.

“Conhecemos ele, era de uma família conhecida da comunidade. Ele estava em tratamento psicológico, sabe? Inclusive, diz que ontem ele tinha ido ao psicólogo ou psiquiatra. Jamais foi visto nele que ele ia tomar esse tipo de atitude”, afirmou Zimermman.

Ataque premeditado e com uso de rojões

Segundo as autoridades, o adolescente utilizou uma faca para ferir as vítimas e rojões para provocar pânico entre alunos e funcionários. Ele conseguiu acesso à escola alegando que queria entregar um currículo — e iniciou o ataque logo após entrar no prédio.

Uma das vítimas, seu irmão mais novo, morreu ainda no local. Uma das crianças feridas permanece internada em estado grave em um hospital da região, e a professora sofreu ferimentos leves, segundo a Brigada Militar.

O prefeito Zimermman afirmou que, até o momento, não foi identificada nenhuma motivação clara para o ato.

“A gente está tentando achar algo que motivasse esse tipo de atitude, mas pelo jeito não achou nada. Não se sabe, uma pessoa assim talvez queria atingir o maior número de pessoas e causar maior comoção.”

Aulas suspensas e investigação em andamento

As aulas da rede municipal de ensino foram suspensas por tempo indeterminado, e equipes de saúde mental foram mobilizadas para dar suporte às famílias, professores e alunos. O crime está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca entender a motivação do ataque e o histórico do jovem.

A comoção na pequena cidade de cerca de 6 mil habitantes é generalizada, e moradores prestam homenagens às vítimas nas redes sociais. O caso reacende o debate sobre segurança em ambientes escolares, saúde mental na adolescência e acesso a instituições de ensino.

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Bruno Rigacci

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