Da Itália, Zambelli age, toma atitude para manter o mandato e surge acusação grave
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apresentou nesta terça-feira (2) sua defesa à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Representada pelo advogado Fábio Pagnozzi, a parlamentar busca não apenas preservar sua liberdade, mas também garantir a permanência no cargo para o qual foi eleita por quase 1 milhão de eleitores.
Na defesa entregue à CCJ, o advogado fez uma denúncia grave: segundo Pagnozzi, a equipe jurídica de Zambelli não teve acesso ao conteúdo digital que serviu como base das acusações contra a deputada. Ele alega que esse impedimento comprometeu o direito à ampla defesa e ao contraditório. “Não conseguimos acessar os arquivos digitais utilizados como prova. Isso fere diretamente o direito de defesa da parlamentar”, afirmou.
Além disso, a defesa solicitou a realização de uma acareação entre Zambelli e o hacker Walter Delgatti, apontado como peça central nas investigações. Pagnozzi qualificou Delgatti como um “mentiroso contumaz” e argumentou que o confronto entre os dois seria essencial para esclarecer pontos contraditórios no processo.
Questionado sobre o retorno da deputada ao Brasil, Pagnozzi evitou dar uma data e afirmou que ainda não há previsão oficial.
A análise da defesa será agora conduzida pela CCJ, que deve decidir os próximos passos do processo, incluindo eventual recomendação pela cassação do mandato de Zambelli.