Silenciosamente, deputado petista faz avançar novo imposto sobre cerveja e cachaça

Em mais um movimento que escancara a obsessão do atual governo por aumentar a carga tributária, a Câmara dos Deputados está discutindo um novo projeto que cria mais um tributo — desta vez, sobre bebidas alcoólicas como cerveja, vinho e cachaça.

A proposta, relatada pelo deputado petista Alfredo Cavalcante, o Alfredinho (PT-SP), pretende instituir uma contribuição específica sobre a venda dessas bebidas para financiar um fundo nacional do Carnaval. A iniciativa é baseada em um projeto antigo apresentado pelo atual prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (PT), em parceria com o ex-deputado Ricardo Abrão (União-RJ).

Na prática, o projeto cria uma nova cobrança sobre o bolso do consumidor. A contribuição prevista no relatório mais recente de Alfredinho, apresentado nesta segunda-feira (30/6), estabelece uma taxa de 0,5% sobre a comercialização de cerveja, vinho e aguardente nacionais, e 1% sobre bebidas importadas.

O objetivo, segundo o relator, é arrecadar recursos para sustentar o Carnaval brasileiro, destinando os valores da seguinte forma:

  • 60% para escolas de samba,

  • 20% para blocos carnavalescos,

  • 10% para outras manifestações culturais,

  • 10% para gestão e fiscalização do fundo.

A proposta avança em meio a outras discussões impopulares sobre aumento de impostos, como a possível elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), também em pauta. Para muitos, a medida reforça a percepção de que o governo atual vê no contribuinte uma fonte inesgotável de recursos, sem contrapartida clara em serviços públicos.

Enquanto o país enfrenta desafios na saúde, educação e segurança, parlamentares decidem colocar a festa popular como prioridade — e ainda por cima às custas do bolso de quem consome um produto legalizado e já fortemente tributado.

A proposta agora seguirá para análise em outras comissões e pode ser votada ainda neste semestre. Caso aprovada, será mais um item na extensa lista de encargos que pesam sobre a população.

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Bruno Rigacci

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