Hugo Motta se insurge contra Lula e Alcolumbre também ergue a voz (veja o vídeo)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União‑AP), afirmou nesta quarta-feira (25) que o Senado está pronto para votar “ainda hoje” o projeto que revoga os decretos do governo Lula que aumentaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) — desde que a proposta seja aprovada pela Câmara dos Deputados.

“Se a Câmara votar, o Senado vota hoje”, declarou Alcolumbre aos jornalistas ao chegar ao Congresso, reforçando que a Casa dá sequência imediata ao trâmite em caso de avanço na Câmara.

Paralelamente, a Câmara dos Deputados, sob o comando do presidente Hugo Motta (Republicanos‑PB), analisa um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visa sustar os decretos presidenciais que elevaram o IOF. A inclusão repentina da proposta na pauta surpreendeu tanto o Palácio do Planalto quanto a própria oposição .

 Pressão institucional unificada

  • No fim de maio, Motta e Alcolumbre deram um ultimato ao Palácio do Planalto, cobrando alternativas em até 10 dias — sob risco de levar o tema a voto no Congresso .

  • Ambos criticaram o decreto como uma tentativa de “usurpar” competência do Legislativo e defenderam a necessidade de negociação institucional .

  • Agora, com o projeto na pauta da Câmara, motiva-se um cronograma acelerado no Senado, sinalizando mobilização rápida e possivelmente majoritária entre senadores.

 O que está em jogo

ItemDetalhes
Votação na CâmaraNecessita maioria simples (257 votos); situação já mobiliza apoio entre base e oposição.
Trâmite no SenadoPressa está lançada: senadores podem apreciar e votar ainda hoje se a proposta for aprovada em plenário.
Consequências fiscaisCaso o PDL passe nas duas Casas, o decreto perde efeito, mas o governo pode apresentar compensações via MP ou corte de despesas.
Repercussão políticaVitória no Congresso representaria revés para o Executivo, enfraquecendo a capacidade de ajuste fiscal via decreto e destacando fragilidade na articulação política.

Análise

A declaração de Alcolumbre reforça a estratégia de pressão coordenada entre as lideranças da Câmara e do Senado com o objetivo de sustar a elevação do IOF — considerada controversa por setores da economia e pela oposição. Uma eventual derrubada do decreto traria uma derrota simbólica ao governo, gerando forte impacto político e restrições ao uso de decretos como instrumento fiscal.

Caso a matéria seja aprovada nas duas Casas, o governo terá que encontrar alternativas rápidas para compensar a receita prevista — via Medida Provisória ou ajustes orçamentários — o que pode atrasar planos e distanciar Lula de sua agenda econômica.

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Bruno Rigacci

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