Reprovado por 56,7% dos brasileiros, Lula perde para Bolsonaro, Michelle e Tarcísio. Empata com Eduardo e Flávio
O Instituto Paraná Pesquisa divulgou em 24 de junho um novo levantamento com 2.020 eleitores de 162 municípios, incluindo o Distrito Federal, sobre cenários para as eleições presidenciais de 2026. A margem de erro é de 2,2 pontos, com confiança de 95%.
Avaliação do governo
Reprovação: 56,7%
Aprovação: 39,8%
NS/NR: 3,5%
Cenários de segundo turno
Em confronto cabeça a cabeça com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera com 46,5% contra 39,7% do petista. Já nos demais confrontos simulados, Lula também fica atrás ou empatado tecnicamente:
Bolsonaro (PL) 46,5% × 39,7% Lula (PT)
Michelle Bolsonaro (PL) 44,4% × 40,6% Lula (PT)
Tarcísio de Freitas (Republicanos) 43,6% × 40,1% Lula (PT)
Eduardo Bolsonaro (PL) 39,1% × 41,6% Lula (PT) (empate técnico)
Flávio Bolsonaro (PL) 38,4% × 42,1% Lula (PT)
Ratinho Junior (PSD) 37,0% × 41,2% Lula (PT)
Ronaldo Caiado (União Brasil) 33,5% × 41,4% Lula (PT)
Rogério Marinho (PL‑RN) 31,2% × 41,8% Lula (PT)
Esses resultados confirmam levantamentos anteriores da Paraná e do UOL, que já mostravam Lula atrás ou empatado em confrontos contra Jair Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, dentro da margem de erro.
Análise e contexto
Insatisfação predominante
A desaprovação de 56,7% ao governo Lula reflete um desgaste significativo, sugerindo forte rejeição e anseio por mudança entre os eleitores.Bolsonaro como favorito
Mesmo sendo inelegível até 2030, o ex‑presidente Jair Bolsonaro aparece como o único capaz de vencer Lula em disputa direta, com vantagem clara (46,5% × 39,7%).Alternativas da direita
Candidatos da base bolsonarista — Michelle Bolsonaro, Tarcísio, Flávio, Eduardo — também apresentam desempenho competitivo, embora em geral menos expressivo que Jair.Relevância da “terceira via”
Nomes de direita moderada como Ratinho Jr., Caiado e Rogério Marinho vencem Lula, mas com margens mais folgadas e com menor repercussão nacional.Empates técnicos, mas tendência desfavorável
Nos cenários de empate (por exemplo diante de Eduardo), a vantagem técnica ainda favorece adversários, indicando risco real ao projeto de reeleição de Lula.
Conclusão
O estudo reforça a percepção de que o clima eleitoral para 2026 está desfavorável ao presidente Lula. A rejeição alta ao governo e o desempenho inferior em múltiplas simulações de segundo turno indicam um cenário de pressão para o campo progressista. Os resultados evidenciam que, para 2026, Lula enfrentará dificuldade significativa para reverter a tendência atual, a não ser que retenha e amplie sua base de apoio até lá.