Dados assustadores sobre venezuelanos refugiados surgem e Lewandowski é encurralado
O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) pediu nesta semana reforço no controle das fronteiras brasileiras, especialmente entre Roraima e a Venezuela. Em discurso no plenário, ele afirmou que já encaminhou um requerimento ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, solicitando informações sobre as medidas de segurança adotadas pelo governo federal nas regiões fronteiriças.
Mecias também convidou os colegas senadores a visitarem Boa Vista, capital de Roraima, para ver de perto a situação enfrentada por milhares de venezuelanos que entram no Brasil em busca de melhores condições de vida. Segundo ele, muitos desses imigrantes acabam se tornando vítimas fáceis de aliciamento por organizações criminosas.
Como exemplo, citou uma operação da Polícia Federal que desarticulou um esquema de fraude no Benefício de Prestação Continuada (BPC), no qual migrantes venezuelanos eram utilizados para obtenção ilícita dos recursos. “Essas pessoas, que fogem da fome e da miséria, acabam sendo usadas por grupos que se especializaram em corromper os sistemas públicos”, alertou o parlamentar.
O senador também demonstrou preocupação com o aumento do número de estrangeiros no programa Bolsa Família. De acordo com ele, houve um crescimento de 540% nos últimos cinco anos, e hoje já são mais de 170 mil estrangeiros beneficiados, sendo a metade deles venezuelanos.
Apesar da crítica, Mecias ponderou que a urgência social deve ser respeitada. “A fome não tem cor ou nacionalidade, mas tem pressa. O Brasil sempre foi solidário, e deve continuar sendo. Mas é preciso ter vigilância e responsabilidade para evitar distorções e crimes.”
Ele concluiu sua fala reafirmando que seu mandato continuará pautado pela defesa dos roraimenses e pela busca de soluções concretas para os desafios causados pela crise migratória na região. Além disso, reforçou a importância de combater a xenofobia, ao mesmo tempo em que se mantém firme contra a atuação de organizações criminosas que se aproveitam da vulnerabilidade de imigrantes.