Gigante jornal americano expõe a derrocada do PT e mostra que Lula está “velho para 2026”
Uma reportagem publicada pelo jornal norte-americano The Washington Post lançou dúvidas sobre a capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputar um novo mandato nas eleições de 2026. O texto destaca a idade avançada do petista — que completará 80 anos no próximo ano — e aponta sinais de desgaste físico, político e de liderança como obstáculos à continuidade de seu projeto de poder.
Com base em entrevistas com aliados, analistas políticos e integrantes do Partido dos Trabalhadores, o jornal traça um paralelo entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ambos alvos de críticas pela idade e por sinais de distanciamento das demandas cotidianas de seus países.
Sinais de cansaço e perda de apoio
A matéria destaca que Lula estaria “mais lento, irritado e distante dos problemas do país”, segundo relatos de fontes próximas. Essa percepção se somaria a uma queda nos índices de aprovação de seu governo, apontada por pesquisas recentes, que também revelam que a maioria dos brasileiros considera a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro mais eficaz em áreas como segurança, economia e infraestrutura.
Além disso, segundo o Washington Post, cerca de dois terços da população demonstram preocupação com a saúde do presidente, que recentemente passou por exames médicos e tem se ausentado com mais frequência de agendas públicas prolongadas.
Falta de sucessores e crise de renovação no PT
Outro ponto levantado pela reportagem é a ausência de nomes fortes no campo progressista capazes de substituir Lula com viabilidade eleitoral. Analistas ouvidos pelo jornal afirmam que o PT envelheceu junto com seu principal líder, o que teria gerado dificuldades na comunicação com a juventude e com eleitores desconectados das pautas históricas da legenda.
Apesar da presença de nomes como Fernando Haddad (ministro da Fazenda), Gleisi Hoffmann (presidente do PT) e Camilo Santana (ministro da Educação), a avaliação de parte da base aliada é que nenhum deles possui, neste momento, o carisma ou o capital político para unificar a esquerda e disputar com chances reais a Presidência.
“Efeito espelho” com os EUA
O Washington Post chama atenção para o que classificou como um “efeito espelho” entre Brasil e Estados Unidos. Tanto Lula quanto Biden enfrentam os desafios de liderar com idade avançada, dificuldades de renovação interna nos partidos e crescentes pressões para que abram espaço para novos nomes — mesmo diante da ausência de figuras de peso para substituir suas lideranças.
Futuro indefinido
A três anos da próxima eleição presidencial, o cenário permanece indefinido. Interlocutores próximos a Lula garantem que ele ainda não tomou uma decisão sobre 2026, mas sinalizam que uma nova candidatura não está descartada.
Nos bastidores do Planalto, cresce a percepção de que o governo precisa melhorar sua performance administrativa e ampliar o diálogo com setores da sociedade que têm se afastado do projeto petista. Caso contrário, o PT corre o risco de entrar na disputa de 2026 com um líder fragilizado e sem uma alternativa viável para sucedê-lo.