1 milhão em Copacabana: imprensa internacional repercute manifestação que pedirá ‘Anistia Já’

No próximo dia 16 de março, Copacabana, no Rio de Janeiro, será palco de uma manifestação de grandes proporções, que promete reunir cerca de 1 milhão de pessoas. O ato, que ganhou atenção internacional, tem como principal bandeira a defesa da anistia para os presos políticos no Brasil, em um contexto de crescente repressão judicial e censura. O evento ocorre no momento em que diversas condenações, muitas vezes vistas como desproporcionais, estão sendo aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tornando a situação ainda mais tensa.

A manifestação se dá em meio a uma crescente pressão sobre a liberdade de expressão e as garantias individuais no país. O governo Lula, alinhado com o STF, tem sido acusado de fortalecer um sistema de perseguição a opositores, que inclui o aprofundamento do controle sobre as vozes contrárias e a limitação da liberdade de expressão. O estreito relacionamento entre o Executivo e o Judiciário tem gerado um cenário de instabilidade política, com ações que estão sendo vistas como um cerceamento dos direitos fundamentais dos cidadãos.

Advogados e defensores dos direitos humanos têm denunciado a falta de transparência nos processos, com dificuldades para acessar os autos dos casos e a limitação do direito à defesa. A própria Suprema Corte tem sido alvo de críticas por manter inquéritos sigilosos, como o das chamadas “fake news”, que já se arrasta por seis anos sem uma conclusão clara.

Repercussão Internacional

A mobilização em Copacabana tem atraído a atenção da imprensa estrangeira, que tem alertado para a gravidade da situação. Muitos jornais internacionais têm destacado que a democracia brasileira está em risco diante da atual composição do Judiciário e do governo federal. O Brasil tem sido classificado como uma “democracia falha”, com uma escalada autoritária sem precedentes, onde a população não teria mais instâncias eficazes para recorrer. A pressão sobre o direito à liberdade de expressão e a repressão política estão sendo apontadas como elementos centrais desse processo.

A “Ditadura do Judiciário” e a Mobilização Popular

O protesto de 16 de março em Copacabana é visto por muitos como uma resistência ao que tem sido chamado de “ditadura do Judiciário”. Nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem apoiado a manifestação, anunciando a presença de diversas lideranças e setores da sociedade civil no evento. Segundo Bolsonaro, o ato visa demonstrar a oposição ao avanço das medidas de repressão política no Brasil e ressaltar a necessidade de restaurar os direitos civis fundamentais.

Em meio a um cenário de tensões políticas e sociais, a manifestação em Copacabana busca unir cidadãos que se opõem ao que consideram um processo autoritário que afeta a democracia no país. Além da anistia aos presos políticos, a mobilização também exige uma mudança nas políticas judiciais, com ênfase na defesa das liberdades civis e do devido processo legal.

A expectativa é que o ato seja um marco de resistência em tempos de crescente polarização política e judicialização da política no Brasil.

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Bruno Rigacci

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