Folha critica Lula: “Opção pela gastança está escancarada”

Neste sábado (8), o jornal Folha de S.Paulo publicou um editorial contundente contra a condução econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o texto, o presidente abandonou qualquer compromisso com a responsabilidade fiscal, preferindo se cercar de aduladores e insistir em ideias ultrapassadas, enquanto a economia do país começa a dar sinais de alerta.

Governo sem rumo e gastos sem controle

A Folha destaca que, atualmente, Lula parece estar sem um projeto claro para os próximos anos, governando com uma combinação de falta de visão estratégica e um apego a ideias obsoletas. O jornal afirma que o presidente tem ignorado a necessidade de um controle fiscal mais rigoroso, colocando em risco a estabilidade econômica do país.

“Na economia, [Lula] livrou-se dos últimos vestígios daquele verniz que vez ou outra o fazia prestigiar a agenda de mínima responsabilidade orçamentária proposta pelo seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad”, escreveu o periódico.

A publicação afirma que, embora Lula sempre tenha demonstrado uma inclinação para a gastança, agora ele não faz mais questão de esconder essa tendência. Como exemplo, a Folha cita a recente liberação de recursos do FGTS, medida que, segundo o jornal, Lula acredita ser suficiente para aumentar sua popularidade, mas que pode gerar impactos econômicos negativos a longo prazo.

“O custo de continuar pisando no acelerador também ficou difícil de enfrentar. Não dá para empurrar a conta para o mandato seguinte, um clássico na política, com a inflação à porta”, alerta o editorial.

Lula isolado e desconectado da realidade

O texto também critica a postura de Lula diante do cenário econômico desafiador. A Folha aponta que o presidente tinha duas opções diante da crise fiscal: fazer uma autocrítica e ajustar a rota, reconhecendo a necessidade de controle dos gastos e da dívida pública, ou continuar apostando no populismo econômico.

Segundo o jornal, Lula escolheu a segunda opção: ignorar o ajuste fiscal necessário e se cercar de assessores que culpam a comunicação do governo pelos problemas de popularidade, em vez de reconhecerem as dificuldades estruturais reais.

“Sem inspiração, sem projeto, sem tirocínio, sem nem sequer a sagacidade de outras passagens do maior líder da moderna esquerda brasileira, a terceira Presidência Luiz Inácio Lula da Silva corre grande risco de ser a pior”, conclui o editorial da Folha.

Populismo econômico e riscos para o futuro

As críticas da Folha refletem um crescente temor entre economistas e analistas políticos sobre os rumos econômicos do governo Lula. O editorial alerta que, ao insistir em políticas de expansão de gastos sem controle e sem a implementação de ajustes fiscais estruturais, o governo pode estar colocando em risco a sustentabilidade econômica do país.

O aumento da inflação e a deterioração da dívida pública são problemas que não podem ser facilmente transferidos para governos futuros. A insistência no populismo econômico pode levar a consequências graves a médio e longo prazo, afetando não apenas a economia, mas também o futuro político do governo Lula.

O alerta da Folha de S.Paulo é um sinal claro de que, mesmo dentro da grande mídia tradicionalmente simpática ao PT, há uma crescente percepção de que o governo Lula 3 está se encaminhando para um desastre econômico e político.

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Bruno Rigacci

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