Bolsonaro volta a pedir prazo de 83 dias para apresentar defesa

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um prazo de 83 dias para apresentar a defesa contra a denúncia apresentada no Inquérito do Golpe. O pedido foi formalizado em um documento enviado à Corte nesta segunda-feira (24), em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que havia rejeitado a alteração do prazo para defesa, que originalmente é de 15 dias.

Além da prorrogação do prazo, os advogados de Bolsonaro destacaram a necessidade de acesso total às provas obtidas pela Polícia Federal (PF). O argumento central é que a defesa não pode se manifestar sem antes ter conhecimento completo dos elementos de prova coletados. Para isso, a defesa solicita que se aguarde o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator nas investigações, antes que o ex-presidente se posicione.

A defesa argumenta que uma análise preliminar da denúncia já revela que os elementos apresentados foram extraídos de apreensões e mídias que superam o conteúdo dos poucos celulares fornecidos à defesa como cópias completas. Para compensar o período de tempo em que o processo ficou sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes da denúncia, os advogados argumentam que o prazo de 83 dias é razoável. Caso o STF não acate o pedido de prorrogação integral, a defesa solicita, ao menos, a duplicação do prazo, estabelecendo 30 dias para a manifestação.

Em declarações recentes, o advogado Celso Vilardi, um dos representantes de Bolsonaro, também indicou que a defesa pedirá a anulação da delação premiada de Mauro Cid, que tem sido crucial nas investigações.

A decisão sobre o prazo e outros pedidos deve ser analisada pelo STF nos próximos dias.

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Bruno Rigacci

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