No entanto, a proposta não traria grandes mudanças para o trabalhador, empregador ou as operadoras, já que a portabilidade já é obrigatória caso seja solicitada. A principal alteração seria a redução nas taxas cobradas pelas operadoras, o que, em tese, poderia permitir uma maior competitividade e reduzir os custos para os estabelecimentos e os consumidores.
Ainda assim, a advogada Larissa Escuder destaca que a portabilidade é um processo simples de transferência de saldo entre operadoras, permitindo que o trabalhador escolha para qual empresa deseja migrar seus créditos, sem que haja custos adicionais para a transferência.
Porém, a proposta gerou algumas críticas. Lucio Capelletto, diretor-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), apontou que a medida pode, na verdade, gerar um aumento na concentração do mercado em empresas com maior rede de estabelecimentos credenciados e, consequentemente, afetar o poder de compra dos trabalhadores, que não perceberiam mudanças significativas no valor do benefício.
Apesar disso, Haddad acredita que a portabilidade e a redução das taxas podem beneficiar especialmente os trabalhadores que consomem refeições fora de casa, já que a medida busca garantir que o benefício de alimentação seja utilizado da maneira mais eficiente possível.