Auxiliar de Moraes sugeriu forma para evitar uso ‘descarado’ do TSE

Em uma série de áudios revelados pela Folha de S.Paulo, o juiz instrutor do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Airton Vieira, sugeriu uma estratégia para evitar que o uso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar investigações contra aliados de Jair Bolsonaro (PL) se tornasse descarado.

Nos áudios, Vieira expressa preocupação com a aparência de imparcialidade, afirmando que seria “descarado” se um juiz do STF solicitasse diretamente relatórios ao TSE e esses fossem prontamente atendidos. Ele sugere que os pedidos de relatórios pareçam originar-se do TSE para evitar questionamentos.

Em resposta, o gabinete de Moraes afirmou que todas as solicitações foram feitas de acordo com os termos regimentais e com a participação da Procuradoria-Geral da República.

A reportagem da Folha também revelou que a equipe de Moraes frequentemente solicitava ao setor de combate à desinformação do TSE a produção de relatórios para embasar decisões judiciais contra aliados de Bolsonaro investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.

Essas revelações destacam a complexidade e a sensibilidade das investigações em curso, bem como a importância de manter a transparência e a legalidade nos procedimentos judiciais.

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Bruno Rigacci

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