PF prende 4 pessoas em mais uma fase de operação sobre a Abin

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Última Milha, que investiga o suposto uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro. Nesta quarta fase da operação, cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes cidades do Brasil.

Os alvos incluem:

  1. Marcelo Araújo Bormevet: Agente da PF desde 2005, suspenso desde janeiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes na Operação Vigilância Aproximada (etapa anterior da Última Milha). Ele era chefe da Coordenação-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa da Abin, trabalhando com credenciamento de segurança e pesquisa para nomeações.
  2. Giancarlo Gomes Rodrigues: Militar do Exército que fazia parte do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin. Ele teria participado do monitoramento ilegal do advogado Roberto Bertholdo, próximo dos ex-deputados federais Rodrigo Maia e Joice Hasselmann.
  3. Richards Pozzer: Artista gráfico indiciado na CPI da Covid-19 por suposta disseminação de desinformação.
  4. Mateus de Carvalho Spósito: Ex-assessor da Coordenação-Geral de Conteúdo e Gestão de Canais da Secretaria de Comunicação Institucional, também investigado na CPI da Covid.

A PF realizou buscas em sete endereços em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. A operação apura ações do grupo investigado contra membros dos três poderes e jornalistas, incluindo a criação de perfis falsos e divulgação de informações sabidamente falsas. Além disso, o grupo teria acessado ilegalmente equipamentos para monitorar pessoas e agentes públicos.

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Bruno Rigacci

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