Lula libera R$ 102 milhões para PF, que investiga Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) está prestes a concluir uma investigação sobre a suposta venda de presentes oficiais, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos alvos. O governo federal, em resposta, revisou o Orçamento e liberou cerca de R$ 102 milhões para a corporação. Esse valor representa metade do montante que havia sido bloqueado da PF em 2024.

O Ministério da Justiça, que abarca a PF, também foi beneficiado com a quantia descontingenciada pelo governo federal, totalizando R$ 500 milhões. Essa liberação ocorreu por meio de uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União na última sexta-feira (28).

Além da PF, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu R$ 30 milhões, e outras áreas do ministério, comandadas por Ricardo Lewandowski, foram contempladas com mais R$ 76,8 milhões.

Essas liberações acontecem às vésperas do anúncio do resultado da investigação da Polícia Federal, que apura se auxiliares de Bolsonaro venderam ou tentaram comercializar pelo menos quatro itens recebidos em viagens oficiais. Entre esses itens, estão relógios das marcas Rolex e Patek Phillipe.

Atualmente, a PF está analisando o conteúdo dos telefones celulares do advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro. Arquivos de fotos, vídeos, mensagens de texto e áudio estão sendo examinados nos aplicativos de conversas instalados nos aparelhos, antes de concluir as investigações.

Esse caso coloca em foco o entendimento sobre o destino dos presentes dados por autoridades estrangeiras. Por lei, esses objetos devem ser incorporados ao acervo da Presidência da República, ou seja, são bens públicos e não pessoais. A PF suspeita que os presentes de alto valor tenham sido desviados e vendidos no exterior, com os montantes obtidos sendo convertidos em dinheiro em espécie e ingressando no patrimônio pessoal do ex-presidente por meio de intermediários e sem utilizar o sistema bancário formal. A investigação continua, e ainda não há notícias de indiciamentos no caso.

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Bruno Rigacci

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