AM diz que “dama do tráfico” não tinha legitimidade para evento

A confirmação do governo do Amazonas de que Luciane Barbosa, apontada como integrante do Comando Vermelho, foi indicada para participar de um evento no Ministério dos Direitos Humanos (MDH) no início de novembro, mas que ainda não havia sido nomeada para o cargo, é um desdobramento importante do caso.

A participação de Luciane no evento, com passagens e diárias pagas com dinheiro público, havia sido criticada por diversas entidades, que apontaram a contradição de uma pessoa acusada de envolvimento com uma facção criminosa participar de um encontro sobre direitos humanos.

A confirmação de que Luciane não havia sido nomeada para o cargo reforça essas críticas. Isso significa que ela não tinha legitimidade para representar o Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas no evento.

O governo do Amazonas afirmou que questionará à sociedade civil quanto à manutenção do nome de Luciane como parte do comitê. É importante que essa questão seja esclarecida o mais rápido possível, para que seja garantida a legitimidade do comitê e a sua atuação em defesa dos direitos humanos.

É preciso lembrar que Luciane é acusada de ser o braço financeiro do Comando Vermelho no Amazonas. Ela e o marido, Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.

A participação de Luciane em um evento do governo federal é um episódio preocupante, que levanta questões sobre a atuação do Estado no combate ao crime organizado. É importante que o governo federal adote medidas para evitar que casos como esse se repitam.

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Bruno Rigacci

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