Desmoralizado e sem saída, João Campos recua

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), anulou a nomeação de Lucas Vieira Silva para o cargo de procurador judicial do município. A decisão foi publicada no Diário Oficial da capital pernambucana e envolve uma vaga reservada a Pessoas com Deficiência (PCD) no concurso público realizado em 2022.

Lucas Silva, filho da procuradora Maria Nilda Silva, integrante do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), participou do certame em dezembro de 2022 na modalidade de ampla concorrência. Classificado na 63ª colocação geral, ele solicitou, cerca de três anos após a realização do concurso, a mudança de sua inscrição para a categoria PCD.

O pedido foi acompanhado da apresentação de um laudo médico que atestaria a condição de pessoa com deficiência, entregue apenas após esse longo intervalo de tempo, e não no período previsto pelo edital para inscrições e comprovação documental. As informações foram reveladas pela coluna de Andreza Matais e André Shalders, no portal Metrópoles.

Diante da repercussão do caso, vereadores da oposição protocolaram denúncias junto ao Ministério Público de Pernambuco, questionando a legalidade da nomeação e o cumprimento das regras do edital do concurso.

Após a análise da situação, a Prefeitura do Recife decidiu anular a nomeação e redirecionar a vaga para Marko Venicio dos Santos, único candidato com deficiência aprovado na primeira homologação do certame.

Em nota administrativa, a gestão municipal destacou que a medida visa restabelecer o cumprimento estrito das normas previstas no edital do concurso público de 2022, especialmente no que diz respeito à reserva e ao preenchimento das vagas destinadas a pessoas com deficiência.

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Bruno Rigacci

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