Presidente da Câmara assume Prefeitura de Turilândia mesmo em prisão domiciliar

Uma mudança inesperada no comando do município de Turilândia, no Maranhão, gerou forte repercussão política e jurídica após determinação do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). A decisão afastou o prefeito Paulo Curió e a vice-prefeita Tânia Mendes de seus cargos, levando a uma reconfiguração imediata da administração municipal.

Com o afastamento da chapa eleita, a Prefeitura passou a ser comandada interinamente pelo presidente da Câmara Municipal, vereador José Luís Araújo Diniz, conhecido politicamente como “Pelego”. A posse foi oficializada por meio de portaria publicada na sexta-feira (26).

A situação, no entanto, chama atenção pelo fato de Pelego cumprir atualmente prisão domiciliar. Ele é investigado pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em apuração que envolve suspeitas de corrupção e irregularidades cometidas por agentes públicos no município.

A mudança no Executivo também provocou reflexos no Legislativo municipal. Com a saída temporária de Pelego da presidência da Câmara, o comando da Casa passou a ser exercido interinamente pela vice-presidente, vereadora Inailce Nogueira Lopes. Assim como o prefeito interino, ela também se encontra em prisão domiciliar por decisão judicial.

De acordo com informações do processo, José Luís Araújo Diniz faz parte de um grupo de cinco vereadores de Turilândia que tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar. A medida impõe restrições rigorosas: os parlamentares estão autorizados a sair de casa apenas para participar de sessões previamente agendadas da Câmara Municipal. Qualquer deslocamento fora dessas condições pode resultar no retorno imediato ao sistema prisional.

A posse de um prefeito interino em prisão domiciliar levanta questionamentos sobre os limites legais da decisão e a governabilidade do município. O caso segue sendo acompanhado por órgãos de controle e pelo Judiciário, enquanto a população aguarda definições sobre os rumos políticos e administrativos de Turilândia.

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Bruno Rigacci

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