Em menos de 24h, Moraes solta a segunda nota e cita diretamente a esposa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, divulgou na noite de terça-feira uma nova manifestação pública para esclarecer reuniões realizadas com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Segundo o ministro, os encontros tiveram caráter exclusivamente institucional e trataram apenas dos impactos da aplicação da Lei Magnitsky, sem qualquer ligação com operações envolvendo o Banco Master.
De acordo com a nota divulgada por Moraes, foram realizados dois encontros em seu gabinete. O primeiro ocorreu em 14 de agosto, após a aplicação inicial da legislação norte-americana no fim de julho. O segundo aconteceu em 30 de setembro, depois de a lei ter sido estendida à sua esposa, em 22 de setembro.
O ministro enfatizou que em nenhum momento houve discussão, pedido ou tentativa de interferência relacionada à aquisição do Banco Master pelo BRB, instituição controlada pelo Governo do Distrito Federal. Moraes também afirmou que nunca esteve fisicamente no Banco Central e que não houve qualquer ligação telefônica entre ele e o presidente da autarquia para tratar desse ou de qualquer outro tema.
Além disso, o ministro ressaltou que o escritório de advocacia de sua esposa não teve participação junto ao Banco Central na operação envolvendo o BRB e o Banco Master, afastando qualquer suspeita de conflito de interesses.
Na nota, Alexandre de Moraes reforça que as reuniões ocorreram dentro da normalidade institucional e tiveram como único objetivo discutir os efeitos jurídicos e institucionais da aplicação da Lei Magnitsky, instrumento legal dos Estados Unidos voltado à aplicação de sanções internacionais.
A manifestação ocorre em meio a questionamentos públicos sobre os encontros e busca, segundo o ministro, garantir transparência e esclarecimento dos fatos.





