Lula deixa cerimônia de inauguração de ponte Brasil–Paraguai após falha elétrica interromper discurso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a cerimônia de inauguração da Ponte Internacional da Integração Brasil–Paraguai após uma falha elétrica interromper seu pronunciamento. O incidente ocorreu na sexta-feira (19), em Foz do Iguaçu (PR), quando o presidente discursava havia cerca de nove minutos.

A interrupção começou com problemas no sistema de áudio e, em seguida, o telão de LED posicionado atrás do púlpito foi desligado. Lula tentou verificar o funcionamento do microfone, fez uma breve pausa para beber água e conversou com Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. Após cerca de três minutos sem que o problema fosse solucionado, o presidente devolveu o microfone ao púlpito e se retirou da cerimônia.

A nova ponte, com 760 metros de extensão sobre o rio Paraná, liga Foz do Iguaçu à cidade de Presidente Franco, no Paraguai. A obra tem como objetivo principal reduzir o congestionamento da Ponte da Amizade, que há décadas concentra o fluxo de veículos e cargas entre os dois países.

O projeto recebeu investimentos de aproximadamente R$ 1,9 bilhão, financiados pela Itaipu Binacional, e integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. O presidente paraguaio, Santiago Peña, também participou do evento e destacou a importância da ponte para a integração econômica e logística entre Brasil e Paraguai.

A inauguração ocorre na véspera da 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, marcada para este sábado (20). O encontro acontece em meio ao adiamento, por parte da União Europeia, da assinatura do acordo comercial com o bloco sul-americano, agora prevista para janeiro de 2026.

Nas redes sociais, o episódio gerou repercussão e críticas de opositores do governo, que associaram a reação do presidente ao momento político e a denúncias já conhecidas envolvendo integrantes de sua família. O Palácio do Planalto, no entanto, não comentou o episódio nem as interpretações feitas por críticos.

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Bruno Rigacci

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