Laudo da PF aponta necessidade de cirurgia em Bolsonaro e expõe agravamento do quadro clínico
Avaliação médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita de intervenção cirúrgica para correção do problema.
De acordo com o parecer técnico encaminhado às autoridades, a Junta Médica Pericial afirma que o procedimento é necessário em caráter eletivo.
“Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado Jair Messias Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico”, registra o documento.
Os peritos também apontaram uma piora progressiva do quadro clínico, possivelmente associada ao aumento da pressão intra-abdominal causado por episódios recorrentes de soluços e por tosse crônica. O laudo detalha ainda que exames anteriores não identificavam alterações significativas na parede abdominal, o que reforça o entendimento de evolução negativa do problema ao longo do tempo.
A conclusão da Polícia Federal contraria narrativas que minimizavam a condição de saúde do ex-presidente e é vista por aliados como um duro revés para o chamado “sistema”, que vinha tratando o tema com desconfiança. Para apoiadores de Bolsonaro, o laudo representa um verdadeiro “tapa na cara” daqueles que tentavam deslegitimar a gravidade do quadro clínico.
O resultado da avaliação médica já foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela execução penal do ex-presidente. A expectativa agora gira em torno de como o Supremo irá lidar com a recomendação médica, especialmente diante do histórico de embates entre Bolsonaro e a Corte.
O caso reacende o debate sobre garantias individuais, respeito a laudos técnicos e o papel das instituições diante de situações que envolvem saúde e decisões judiciais.
