Senador de confiança de Lula também é alvo da PF por ordem de Mendonça

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18/11), mais uma etapa da Operação Sem Desconto, que investiga o esquema conhecido como “farra do INSS”, envolvendo descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões em todo o país.

Entre os alvos da operação está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo Lula no Senado Federal. Agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar.

Ao todo, a ofensiva cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares. As ordens judiciais foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão sendo executadas nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

De acordo com as investigações, Weverton Rocha mantém relação com o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como figura central do esquema fraudulento. Um dos episódios que chamou a atenção dos investigadores foi o compartilhamento do uso de uma aeronave particular entre o senador e o lobista, fato que passou a integrar a apuração.

Além de vice-líder do governo no Senado, Weverton exerce papel estratégico para o Palácio do Planalto. Atualmente, ele é relator de pautas consideradas sensíveis para o Executivo, entre elas a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

Em nota divulgada à imprensa, o senador afirmou ter sido surpreendido pela ação da Polícia Federal em sua residência e declarou que está disposto a colaborar com as investigações.

“O senador Weverton Rocha informa que recebeu com surpresa a busca na sua residência e, com serenidade, se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral à decisão”, diz o comunicado.

A Operação Sem Desconto segue em andamento, e a Polícia Federal não descarta novos desdobramentos nos próximos dias.

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Bruno Rigacci

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