Diante da situação grave de Bolsonaro, Moraes fica encurralado

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo que não há mais dúvidas quanto à necessidade de uma cirurgia imediata. Segundo um advogado ligado ao ex-mandatário, exames de ultrassonografia realizados na Superintendência da Polícia Federal identificaram duas hérnias inguinais, quadro que, de acordo com os médicos, exige intervenção cirúrgica como único tratamento definitivo.

“A equipe médica acaba de deixar a Superintendência da Polícia Federal após realizar exames de ultrassonografia no ex-presidente Jair Bolsonaro. Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico”, declarou o advogado.

A situação reacende a pressão sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por autorizar procedimentos médicos e eventuais mudanças no regime de custódia do ex-presidente. A defesa sustenta que, além da cirurgia, Bolsonaro deve receber o benefício da prisão domiciliar em caráter humanitário, alegando a gravidade do quadro clínico.

O vereador Carlos Bolsonaro se manifestou nas redes sociais, criticando a decisão de Moraes de determinar a realização de novos exames dentro da própria Polícia Federal antes de autorizar a cirurgia. Segundo ele, a exigência seria desproporcional.

“Os exames já haviam comprovado a necessidade. Ainda assim, Moraes recusou e determinou, de forma absurda, que novos exames fossem realizados na própria Polícia Federal. Algo que nem chefes do tráfico enfrentaram quando precisaram de cirurgia”, afirmou Carlos Bolsonaro. Em tom político, ele acrescentou que a situação não seria uma coincidência e fez referência a episódios anteriores envolvendo o ex-presidente.

Aliados de Bolsonaro classificam o estado de saúde como delicado e defendem uma decisão imediata do STF para evitar o agravamento do quadro. Até o momento, o Supremo não divulgou novo posicionamento oficial após a divulgação do resultado dos exames.

A expectativa agora gira em torno da análise médica e jurídica por parte do ministro Alexandre de Moraes, que deverá decidir sobre a autorização da cirurgia e sobre o eventual pedido de prisão domiciliar humanitária apresentado pela defesa do ex-presidente.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies