Reação de Andreia Sadi a blindagens no Congresso e no STF gera debate sobre coerência na cobertura política

A postura da jornalista Andreia Sadi voltou ao centro das discussões nas redes sociais após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que restringiu pedidos de impeachment contra seus ministros. Críticos apontam contraste entre a forma como ela reagiu, no passado, a tentativas de parlamentares de reduzir sua exposição ao Judiciário, e sua postura atual diante da blindagem promovida pelo próprio STF.

Meses atrás, quando deputados discutiram medidas para evitar o que classificaram como “ameaças” ou “perseguições” por parte de ministros do Supremo, Sadi criticou duramente a iniciativa, afirmando que o movimento representava tentativa de autoproteção e ataque às instituições. A reação foi firme e imediata, com ampla repercussão em seus espaços na imprensa e nas redes sociais.

Agora, porém, após a decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes que retirou do cidadão comum o direito de apresentar pedidos de impeachment contra ministros do STF e concentrou essa prerrogativa exclusivamente na Procuradoria-Geral da República, críticos observam uma postura diferente por parte da jornalista. Em vez de atacar a medida, Sadi tem sido mais contida em suas avaliações, o que levantou questionamentos sobre suposta seletividade na crítica institucional.

Para observadores e analistas independentes, o episódio evidencia um problema recorrente no debate público brasileiro: a tendência de certos setores da mídia e da política reagirem às mesmas práticas de maneira distinta, dependendo de quem seja o protagonista do ato — Congresso ou Judiciário.

Enquanto uma parcela da imprensa acusa parlamentares de tentarem se proteger de investigações, outras vozes afirmam que, neste momento, é o Supremo que estaria buscando blindagem excessiva, ao restringir mecanismos de controle democrático e barrar o direito constitucional de qualquer cidadão denunciar seus ministros por crime de responsabilidade.

O debate sobre coerência, independência editorial e crítica equilibrada às instituições tende a crescer à medida que o STF e o Congresso travam uma disputa pela definição de limites, prerrogativas e responsabilidades em meio a um cenário político cada vez mais polarizado.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies