Oficialmente, Eduardo vira o “alvo” da vez…

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (25), abrir ação penal contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Com a decisão unânime, o parlamentar passa à condição de réu pelo crime de coação no curso do processo.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que há elementos indicando uma tentativa de Eduardo Bolsonaro de influenciar autoridades do governo dos Estados Unidos durante o período em que tramitava no Brasil o julgamento que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. Para Moraes, o conjunto de indícios apresentado na denúncia justifica o prosseguimento da ação penal. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam integralmente o voto.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado em setembro, alegando que ele teria buscado apoio externo para interferir no processo envolvendo seu pai. Meses após esses contatos, o governo Donald Trump adotou uma série de medidas hostis ao Brasil, entre elas um tarifaço sobre exportações, suspensão de vistos de ministros e sanções financeiras contra Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.

O deputado também enfrenta problemas no âmbito legislativo. Após tirar licença de 120 dias em março e mudar-se para os Estados Unidos, alegando perseguição política, Eduardo Bolsonaro não reassumiu suas atividades após o fim do período oficial de afastamento, encerrado em 20 de julho. A ausência prolongada pode levar à abertura de um processo de cassação por faltas.

Representantes do parlamentar afirmam que ele é alvo de perseguição política, argumento repetido por aliados desde o avanço das investigações.

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Bruno Rigacci

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