O que Moraes tinha nas mãos era infalível…
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um conjunto de nove exames médicos e um relatório clínico na tentativa de evitar sua transferência para prisão preventiva, segundo revelou a CNN Brasil. Os documentos foram entregues antes da ordem de prisão expedida contra o ex-mandatário.
Apesar do volume de laudos, o material não foi suficiente para convencer o STF a manter Bolsonaro em prisão domiciliar.
Os nove exames apresentados ao ministro Moraes
De acordo com a CNN, os advogados encaminharam ao Supremo os seguintes exames:
exame anatomopatológico;
polissonograma;
doppler colorido de artérias cervicais (bilateral);
angiotomografia de artérias coronárias;
tomografia computadorizada do abdome total;
angiotomografia computadorizada do tórax;
tomografia computadorizada do tórax (segunda avaliação);
endoscopia;
colonoscopia.
O conjunto de laudos buscava demonstrar a necessidade de Bolsonaro permanecer em casa devido ao estado de saúde.
Doenças listadas pela defesa
No relatório entregue a Moraes, a defesa também enumerou os diagnósticos atribuídos ao ex-presidente por seus médicos. Entre as condições apontadas estão:
doença do refluxo gastroesofágico com esofagite;
hipertensão essencial primária;
doença aterosclerótica do coração;
oclusão e estenose de carótidas;
apneia do sono;
carcinoma de células escamosas “in situ”.
Os advogados sustentaram que essas condições exigiriam acompanhamento contínuo, alegando risco agravado no ambiente prisional.
Decisão não mudou
Mesmo com a documentação médica e os argumentos apresentados, Moraes manteve o entendimento de que estavam presentes os requisitos para a prisão preventiva, levando à transferência de Bolsonaro para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
A defesa deve apresentar novos pedidos ao STF nos próximos dias.





