Conselheiro de Trump reage à prisão de Bolsonaro e publica mensagem enigmática em português: “Tic. Tac.”

O conselheiro sênior de Donald Trump, Jason Miller, voltou a se manifestar neste fim de semana sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Depois de criticar duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem acusou de promover uma “caça às bruxas”, Miller publicou neste domingo (23) uma mensagem misteriosa em português na rede social X.

A postagem — curta, sem contextualização e sem tradução — rapidamente viralizou entre apoiadores de Bolsonaro e de Trump. Embora o conteúdo exato da frase não tenha sido divulgado oficialmente por Miller em outras plataformas, sua publicação em português aumentou a especulação entre bolsonaristas, que interpretaram o gesto como sinal de apoio internacional ao ex-presidente brasileiro.

Reação da base bolsonarista

Entre aqueles que ampliaram a repercussão da mensagem está o jornalista Paulo Figueiredo, ligado ao movimento conservador e a figuras próximas a Trump. Em resposta à postagem de Miller, Figueiredo escreveu:

“Tic. Tac.”

A expressão — usada com frequência por grupos que sugerem a proximidade de grandes revelações ou reviravoltas — inflamou ainda mais a euforia nas redes, alimentando teorias de que haveria “movimentos internacionais” observando a prisão de Bolsonaro.

Críticas à decisão do STF

As manifestações de Miller e de apoiadores de Trump ocorrem um dia após as declarações em que o conselheiro classificou a prisão de Bolsonaro como injusta, chamando as ações de Moraes de “perseguição política”. A fala repercutiu entre parlamentares do PL e influenciadores ligados ao bolsonarismo, que reforçam o discurso de que o ex-presidente brasileiro seria vítima de arbitrariedades.

O STF não comentou as falas de Miller. Historicamente, a Corte evita reagir a declarações políticas de figuras estrangeiras.

Sinalização internacional ou gesto simbólico?

Analistas avaliam a nova mensagem como um movimento mais simbólico do que diplomático. Jason Miller não ocupa cargo oficial no governo dos Estados Unidos, mas seu papel como estrategista próximo de Trump — favorito nas pesquisas republicanas — tem peso dentro do movimento conservador global.

Para parte dos apoiadores de Bolsonaro, o recado em português é percebido como uma advertência indireta ao Judiciário brasileiro. Para críticos, trata-se de interferência retórica sem impacto prático.

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Bruno Rigacci

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