Revelado para onde Bolsonaro foi levado

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22/11) após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agentes da Polícia Federal (PF) chegaram ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, por volta das 6h, e conduziram Bolsonaro para a Superintendência Regional da PF, no Distrito Federal.

A decisão de Moraes ocorre antes mesmo do início do cumprimento da pena de 27 anos à qual o ex-presidente foi condenado no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo o ministro, a prisão preventiva foi necessária diante de indícios de risco concreto de fuga.

Violação do monitoramento eletrônico

Na madrugada deste sábado, por volta de 0h08, o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal registrou uma violação no equipamento de monitoramento eletrônico utilizado por Bolsonaro. No despacho, Moraes afirmou que a ocorrência indicaria a intenção do ex-presidente de romper a tornozeleira eletrônica, o que reforçaria a suspeita de tentativa de fuga.

Segundo o ministro, a movimentação coincidiu com uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) em frente ao condomínio onde o ex-presidente residia. Moraes escreveu que a manifestação teria potencial para “facilitar a confusão” e auxiliar numa eventual estratégia de evasão.

Solicitação da PF

A Polícia Federal já havia solicitado ao STF a prisão preventiva de Bolsonaro, citando a mobilização de apoiadores e o registro de violação da tornozeleira. Os investigadores apontaram que esses fatores, somados, caracterizariam risco à aplicação da lei penal.

Tentativa frustrada de prisão domiciliar

Na véspera, a defesa de Jair Bolsonaro havia apresentado ao STF um pedido de prisão domiciliar humanitária, com base em laudos médicos que atestariam condições de saúde que exigiriam tratamento especial. O pleito, contudo, foi considerado prejudicado por Moraes e não teve seguimento.

Próximos passos

Bolsonaro permanece na Superintendência da Polícia Federal e passará por audiência de custódia por videoconferência. A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente sobre a prisão preventiva ou sobre os próximos movimentos jurídicos.

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Bruno Rigacci

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