Lula formaliza convite para Jorge Messias assumir vaga no STF; anúncio deve ocorrer ainda hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (20), no Palácio da Alvorada, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para formalizar o convite para que ele ocupe uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão já havia sido tomada em outubro, mas o anúncio oficial foi adiado por questões de articulação política.
A previsão no Planalto é que Lula anuncie a indicação ainda nesta quinta, antes de viajar para São Paulo e, posteriormente, para Joanesburgo, na África do Sul, onde participará da reunião de líderes do G20. A formalização só foi feita agora porque o presidente queria conversar pessoalmente com integrantes do Senado, responsável por aprovar o nome escolhido para a Corte.
Indicação enfrenta resistência no Senado
Messias, que comanda a AGU desde o início do atual governo, sempre foi o nome preferido de Lula. Apesar disso, enfrenta resistências no Senado, que terá papel decisivo no processo de sabatina e votação secreta em plenário.
Nos bastidores, o nome mais bem posicionado entre parlamentares era o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula reuniu-se com Pacheco na segunda-feira (17) e comunicou a decisão de não indicá-lo.
Após a conversa com o presidente, Pacheco afirmou que não seguirá na vida pública e descartou a possibilidade de disputar o governo de Minas Gerais em 2026 com apoio do PT. A declaração foi lida como um movimento importante no tabuleiro político que envolve a sucessão no STF.
Messias inicia articulação no Senado
Com o convite formalizado, Jorge Messias deverá iniciar imediatamente a tradicional rodada de conversas com senadores — o chamado “beija-mão” — em busca de apoio para sua aprovação.
O rito oficial inclui:
Sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
Votação secreta no plenário do Senado
Caso aprovado, nomeação por Lula e posse no STF
A vaga em disputa é considerada estratégica, tanto pelo impacto na composição ideológica da Corte quanto pelas decisões de grande repercussão previstas para os próximos anos.





