Governo Lula gasta R$ 71,7 milhões na contratação de cabines em navios de cruzeiro para hospedagem durante a COP30

O governo federal contratou 850 cabines em dois navios de cruzeiro para acomodar participantes da COP30, que ocorre em Belém (PA). O investimento total soma R$ 71,7 milhões, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (19). As embarcações MSC Seaview e Costa Diadema foram transformadas em hospedagens flutuantes para atender à demanda excepcional do evento climático.

Cabines destinadas à ONU e ao Brasil

Do total de acomodações, 450 cabines, ao custo de R$ 26,3 milhões, foram destinadas a atender às exigências da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Como país-sede, o Brasil é obrigado a disponibilizar essas acomodações, independentemente de sua ocupação final por delegações de países em desenvolvimento.

As outras 400 cabines, no valor de R$ 45,4 milhões, foram reservadas para a delegação brasileira. A Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop30) informou que os valores ainda podem sofrer alterações.

Segundo nota da secretaria, “o valor final da despesa executada ainda está em evolução diária, conforme necessidades efetivas de hospedagem e conforme os mecanismos contratuais de opção de venda provisória e definitiva”.

Processo de contratação

Em abril, o governo determinou que a Embratur fosse responsável por coordenar o processo de seleção das hospedagens adicionais. Por meio de um chamamento público, a operadora Qualitours foi escolhida para intermediar a contratação dos cruzeiros, que estão atracados no Terminal Portuário de Outeiro até o fim da conferência.

O pagamento à empresa será feito somente após o encerramento da COP30, com base na quantidade de espaços não comercializados durante o evento, conforme previsto em contrato.

Hospedagem flutuante como solução temporária

O uso de navios como hospedagem complementar foi planejado desde o início da organização da COP30. A prática é considerada comum em grandes eventos internacionais, especialmente quando a cidade-sede precisa ampliar rapidamente sua capacidade de acomodação.

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Bruno Rigacci

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