Ramagem escolhe “refúgio” certo e atinge Moraes em cheio
A revelação de Guilherme Amado — via portal PlatôBR — de que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo STF e sob iminente risco de prisão, está fora do Brasil derruba expectativas e provoca um choque imediato no cenário institucional. E o mais atingido, é claro, é o ministro Alexandre de Moraes.
Ramagem não está apenas fora do país: ele teria se refugiado com a família num condomínio de luxo em North Miami, Estados Unidos — uma escolha carregada de simbolismo político. Não é qualquer destino: é justamente uma nação que sancionou Moraes por meio da Lei Magnitsky, o que adiciona uma camada de ironia à situação.
Enquanto o ministro poderia antecipar todos os desdobramentos jurídicos, essa fuga aparente pega de surpresa. Moraes pode ter calculado prisões, recursos e o cumprimento das penas, mas não a disposição de Ramagem em levantar voo — literalmente — para um lugar tão carregado de significado simbólico.
A residência em um local como o Solé Mia, com praia artificial, quadras esportivas e um estilo de vida elitista importado, reforça a ideia de que Ramagem não busca apenas se ausentar por saúde ou descanso. É um gesto deliberado, que mistura privilégio, poder e um claro recado institucional.
Se Moraes não esperava por isso, talvez agora seja hora de recalcular todos os ângulos. A cena política brasileira pode estar prestes a se tornar ainda mais complexa — e internacional.





