Lula tem “ataque de fúria”…

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (19) que a versão do PL Antifacção aprovada pela Câmara dos Deputados “enfraquece o combate ao crime organizado” e gera “insegurança jurídica”. Segundo o chefe do Executivo, pontos essenciais da proposta original enviada pelo governo foram alterados durante a tramitação, tornando necessária uma revisão do texto pelo Senado.

A manifestação foi publicada nas redes sociais do presidente, onde ele classificou as mudanças como problemáticas para a efetividade da política pública:

“Precisamos de leis firmes e seguras para combater o crime organizado. O projeto aprovado ontem pela Câmara alterou pontos centrais do PL Antifacção que nosso governo apresentou. Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica. Trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei”, escreveu Lula.

A crítica do presidente ocorreu um dia após a Câmara aprovar, em votação apertada, uma versão do projeto considerada mais rígida por seus defensores, mas vista como juridicamente frágil por setores do governo e parlamentares da base aliada.

Reação política imediata

A declaração presidencial provocou forte repercussão entre opositores e aliados. Deputados críticos ao governo afirmaram que Lula estaria reagindo com “exagero” e que a nova redação fortaleceria o enfrentamento às organizações criminosas, não o contrário.

Nos corredores do Congresso, parlamentares da oposição interpretaram o posicionamento do presidente como uma tentativa de recuperar o controle sobre a pauta e pressionar o Senado a modificar pontos considerados essenciais pelo governo.

Já aliados do Planalto reiteraram que a preocupação de Lula é jurídica: a versão aprovada poderia gerar disputas judiciais, interpretações conflitantes e brechas legais que enfraqueceriam futuros processos contra facções.

Próximos passos

O PL Antifacção agora segue para o Senado, onde deve enfrentar um novo ciclo de debates intensos. O governo pretende atuar para reinserir dispositivos alterados na Câmara, enquanto a oposição afirma que lutará para manter o texto atual.

A votação no Senado deve se transformar em mais um capítulo de embates entre governo e oposição, num momento em que a segurança pública ocupa o centro das atenções do país.

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Bruno Rigacci

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