URGENTE: Com ampla vantagem, PL Antifacção é aprovado na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), o texto-base do PL Antifacção, proposta do Executivo que passou por profundas alterações ao longo da tramitação. A votação teve placar expressivo: 370 votos favoráveis, 110 contrários e 3 abstenções. Com a aprovação inicial, os deputados iniciaram a análise dos destaques que podem ajustar pontos específicos do projeto.

O relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), revisou seu parecer seis vezes até chegar à versão apresentada em plenário. No processo, incorporou mudanças substanciais ao texto original, endurecendo penas e ampliando instrumentos para enfrentar o avanço das facções criminosas.

Principais mudanças introduzidas pelo relatório

Entre os pontos centrais da proposta aprovada, destacam-se:

  • Criação do crime de “domínio social estruturado”, com pena de 20 a 40 anos, voltado a punir facções que exerçam controle territorial ou social sobre comunidades e regiões.

  • Penas de 12 a 20 anos para indivíduos que contribuam, mesmo sem liderança, para esse tipo de atuação organizada.

  • Reforço às medidas de bloqueio, confisco e perda de bens utilizados em atividades criminosas, incluindo a possibilidade de intervenção em empresas controladas direta ou indiretamente por facções.

  • Fortalecimento das regras de execução penal, especialmente para isolar lideranças em presídios federais, dificultando a comunicação e o comando das organizações criminosas de dentro das unidades prisionais.

As mudanças foram celebradas por parlamentares da base e da oposição que defendem um enfrentamento mais robusto ao crime organizado.

Ao final da votação, alguns opositores do governo classificaram o resultado como uma “derrota acachapante de Lula”. A afirmação, contudo, reflete a leitura política desses grupos sobre a amplitude do apoio ao texto — apesar de o projeto ter sido originalmente encaminhado pelo próprio Executivo.

O projeto segue agora para análise dos destaques e, caso mantido, avançará para o Senado.

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Bruno Rigacci

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