Avião da Embraer pega fogo com ministro dentro
Uma aeronave Embraer ERJ-145 pegou fogo nesta segunda-feira (17) no aeroporto de Kolwezi, província de Lualaba, no sul da República Democrática do Congo. O incidente ocorreu logo após o pouso do avião, que havia decolado da capital Kinshasa.
A bordo estava o ministro de Mineração, Louis Kabamba, além de outros 19 passageiros, todos os quais conseguiram evacuar o bimotor antes que as chamas consumissem completamente a fuselagem. Imagens do local mostram o fogo se espalhando rapidamente pela estrutura da aeronave enquanto os ocupantes permaneciam em segurança, distantes do ponto do incêndio. Não houve feridos.
Viagem estava relacionada a tragédia em mina de cobre
O ministro Kabamba retornava de uma missão oficial para inspecionar o colapso de uma mina de cobre em Kawama, onde, no sábado (15), um grave acidente deixou ao menos 32 mortos.
De acordo com a agência de mineração artesanal (Saemape), a tragédia teria sido desencadeada por um episódio de pânico entre os trabalhadores. Militares responsáveis pela segurança teriam efetuado disparos no local, o que provocou uma correria generalizada. Os mineiros se aglomeraram sobre uma ponte, que acabou cedendo devido ao peso da multidão.
O ministro do Interior da província de Lualaba, Roy Kaumba, confirmou em um pronunciamento televisivo que 32 mortes haviam sido registradas até o momento.
Condições precárias e riscos constantes
A mineração artesanal desempenha um papel central na economia congolesa, empregando diretamente entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas. Outros 10 milhões dependem do setor de maneira indireta.
Entretanto, acidentes são frequentes nas minas do país, muitas vezes relacionados à falta de regulamentação adequada, ausência de equipamentos de segurança e condições de trabalho extremamente precárias. Desabamentos, soterramentos e mortes são registrados anualmente nas áreas de exploração artesanal.
As autoridades ainda investigam as causas do incêndio na aeronave, mas reforçaram que todos os ocupantes foram salvos graças à evacuação rápida e coordenada após o pouso.





