Plano de demissão pode atingir 10 mil funcionários de gigante brasileira
Os Correios avaliam implementar um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) que poderá abranger até 10 mil funcionários, como parte do esforço nacional de reorganização da estatal. A medida é considerada essencial pela direção da empresa para aliviar a pressão sobre as contas da instituição e recuperar o equilíbrio financeiro.
Segundo informações divulgadas pelo O Globo, a expectativa interna é de que a adesão ao programa permita uma redução anual de cerca de R$ 2 bilhões na folha salarial — estimativa vista como determinante para a sustentabilidade da empresa nos próximos anos.
PDV faz parte de pacote de reestruturação
O plano está em fase final de elaboração e integra o pacote de reestruturação anunciado em outubro pela nova gestão comandada por Emmanoel Schmidt Rondon. As ações buscam modernizar processos, redefinir setores considerados ociosos e otimizar áreas avaliadas como pouco estratégicas.
Entre as iniciativas apresentadas pela diretoria estão:
implementação do PDV;
negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, com aval da União, para reforço de caixa;
revisão e renegociação de contratos com fornecedores;
diversificação das fontes de receita e modernização de serviços.
O programa de desligamento voluntário deve ser direcionado a setores onde há excesso de pessoal, preservando atividades essenciais à operação e ao atendimento à população.
Situação financeira exige reação rápida
A urgência das medidas decorre do cenário crítico: apenas no primeiro semestre de 2025, os Correios registraram prejuízo de R$ 4,37 bilhões, quase três vezes maior que o resultado negativo do mesmo período de 2024, que foi de R$ 1,35 bilhão.
A estimativa é de que a combinação entre redução de despesas, revisão de contratos e abertura de novas frentes de negócio possa dar fôlego à estatal, que enfrenta crescentes custos operacionais e perda de competitividade frente ao mercado privado de logística.





