Eduardo Tagliaferro tenta “cartada” contra Moraes

A defesa do ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro apresentou neste domingo (9/11) um pedido ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, para que o ministro Alexandre de Moraes seja declarado suspeito para atuar em seu processo.

Os advogados Paulo César Rodrigues de Faria e Filipe Rocha de Oliveira alegam que há inimizade, interesse pessoal e cerceamento de defesa, apontando que Moraes teria agido de forma parcial ao negar um pedido de sustentação oral presencial durante um julgamento realizado no plenário virtual da Corte.

De acordo com a petição, a defesa solicita a suspensão imediata de todos os atos praticados por Moraes no caso e requer que os autos sejam redistribuídos a outro ministro. Os advogados sustentam que o magistrado teria acumulado os papéis de “denunciado, vítima e juiz”, o que, segundo eles, comprometeria a imparcialidade do julgamento.

A defesa também afirma que Moraes manteve o julgamento no formato virtual mesmo após a oposição formal da parte, e que a sessão eletrônica, iniciada em 7 de novembro, violou os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

O pedido menciona ainda denúncias apresentadas por Tagliaferro em 2024, nas quais ele apontava supostas irregularidades em inquéritos sob relatoria de Moraes. A defesa argumenta que o próprio ministro teria respondido a essas críticas dentro dos autos, o que reforçaria a alegação de suspeição.

Em meio à disputa judicial, Tagliaferro utilizou as redes sociais para provocar o ministro. No X (antigo Twitter), escreveu:

“E aí Moraes, já que votou para eu me tornar réu, que tal falarmos do que é o tal vazamento sigiloso? Porque até agora você só falou em vazamento, mas nunca disso que era. Está com medo?”

O STF ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido apresentado pela defesa. Caso Fachin acate o requerimento, os atos processuais conduzidos por Alexandre de Moraes poderão ser revistos ou anulados.

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Bruno Rigacci

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