Perigoso e procurado nos EUA: quem é o brasileiro que ameaçou Trump
O brasileiro Thiago Decarvalho, de 26 anos, é procurado pelas autoridades dos Estados Unidos após se envolver em tentativas de ataque na cidade de Marlborough, no estado de Massachusetts. O caso levou a um alerta público emitido pela polícia local, que orienta a população a não se aproximar do suspeito e acionar imediatamente as autoridades caso ele seja visto.
Segundo o Departamento de Polícia de Marlborough, um mandado de prisão foi expedido contra Decarvalho, que teria sido visto com frequência em bibliotecas da região para acessar a internet. As forças de segurança acreditam que ele possa estar mudando a aparência, utilizando perucas e outros disfarces para dificultar o reconhecimento.
“Thiago é considerado perigoso. Se o vir, não tente abordá-lo. Entre em contato com a polícia imediatamente”, diz o comunicado oficial da polícia norte-americana.
Operação Sentinel
No Brasil, o nome de Thiago Decarvalho está ligado à Operação Sentinel, deflagrada na manhã desta quinta-feira (6/11) pela Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A ação investiga mensagens de ódio racial e antissemita enviadas pelo suspeito, nas quais ele ameaçava o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outras autoridades americanas.
De acordo com a PCDF, após enviar as ameaças, o homem tentou entrar na Embaixada dos EUA em Brasília, carregando uma mala, mas foi impedido pela equipe de segurança. Durante o cumprimento de mandado de busca em Goiânia (GO), os investigadores encontraram inscrições com frases violentas, como “shoot to kill” (“atire para matar”), escritas nas paredes do quarto do suspeito.
Motivação e investigações
A PCDF informou que os elementos coletados reforçam indícios de motivação ideológica extremista. As investigações buscam determinar se o brasileiro mantinha contato com grupos radicais dentro ou fora do país.
A operação contou com apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O trabalho conjunto visa prevenir que discursos de ódio evoluam para ações violentas, especialmente contra alvos diplomáticos.
A PCDF afirmou que o caso segue em apuração e que novas diligências podem ser realizadas nos próximos dias.






