Castro deixa Moraes sem ação

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, recebeu nesta segunda-feira (3) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para uma reunião no Palácio Guanabara. O encontro teve como pauta principal o cumprimento das determinações do STF na ADPF das Favelas, ação que regula a atuação das forças de segurança em comunidades do estado.

Moraes chegou ao local acompanhado de seu assessor, Wellington Macedo. Pelo governo do estado, participaram da reunião o secretário de Segurança Pública, Victor Santos; o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes; o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi; o secretário de Polícia Judicial, Marcelo Schettini; o diretor do Instituto Médico Legal, André Luís Medeiro; o procurador-geral do Estado, Renan Miguel Saad, e o representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Antonio Edilio.

De acordo com fontes presentes, o início da reunião foi marcado por clima de tensão. Moraes teria feito cobranças firmes ao governo fluminense, manifestando preocupação com o que considerou descumprimento de determinações do Supremo em relação às operações policiais em comunidades.

No entanto, ao longo do encontro, o governador e seus secretários apresentaram documentos, relatórios e planos de ação que detalharam o planejamento e a execução das recentes operações de segurança pública. Segundo relatos, as explicações contribuíram para esclarecer dúvidas e reduzir o tom de confronto entre as partes.

Ao final da reunião, o clima era de conciliação. Fontes próximas ao governo relataram que o ministro reconheceu os esclarecimentos prestados e demonstrou disposição para manter o diálogo institucional.

“Foi uma conversa firme, mas produtiva. O ministro ouviu atentamente todas as explicações e saímos com o compromisso de aprimorar a cooperação entre o Estado e o Judiciário”, afirmou um dos participantes do encontro.

A ADPF das Favelas, julgada pelo STF, estabelece diretrizes para limitar o uso da força policial em comunidades e exige transparência nas operações. O tema segue sendo um dos principais pontos de tensão entre o governo do Rio e o Supremo.

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Bruno Rigacci

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