URGENTE: Mais um país se insurge contra Lula e vai declarar PCC e CV como terroristas

O governo do Paraguai anunciou nesta sexta-feira (31/10) que vai declarar oficialmente o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, em resposta à crescente presença das facções brasileiras em território paraguaio e aos recentes episódios de violência no Brasil.

O anúncio foi feito pelo ministro do Comando de Defesa Nacional, Cíbar Benítez, em entrevista coletiva. Segundo ele, a medida será formalizada por decreto presidencial “nas próximas horas” e faz parte de um plano de segurança fronteiriça coordenado entre as Forças Armadas e as polícias do país.

“Vamos declarar como organizações terroristas o Comando Vermelho e o PCC. Isso acontecerá através de um decreto, provavelmente nas próximas horas. Há razões de sobra para fazer essa declaração, que tem seu peso e contrapeso”, afirmou Benítez, em fala reproduzida pela CNN Brasil.

O ministro explicou ainda que o governo paraguaio ativou alerta máximo na fronteira com o Brasil, especialmente nas regiões de Pedro Juan Caballero, Ciudad del Este e Salto del Guairá, consideradas pontos estratégicos para o tráfico de drogas e armas.

Facções brasileiras sob observação internacional

A decisão do Paraguai ocorre poucos dias após o governo da Argentina incluir formalmente o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Registro Público de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet) — uma lista nacional que reúne grupos considerados ameaças à segurança pública e à soberania nacional.

Com isso, os dois países sul-americanos passam a tratar as facções brasileiras não apenas como organizações criminosas, mas como entidades terroristas, o que abre espaço para cooperação internacional e bloqueio de ativos financeiros.

Autoridades de segurança do Paraguai afirmam que as facções brasileiras operam há anos no país, especialmente no tráfico de drogas e contrabando de armas, com forte influência em áreas de fronteira.

Impacto e pressão sobre o Brasil

A decisão dos países vizinhos coloca o Brasil sob crescente pressão diplomática para adotar uma postura semelhante. Apesar de declarações pontuais de autoridades estaduais e federais, o governo brasileiro ainda não reconhece oficialmente as facções como organizações terroristas — classificação que implicaria em mudanças profundas na legislação penal e no enquadramento jurídico de seus integrantes.

Especialistas em segurança pública afirmam que, com os recentes episódios de violência no Rio de Janeiro e no Norte do país, a internacionalização do combate ao narcotráfico pode obrigar o Brasil a rever sua política de classificação criminal.

O tema também ganhou força no debate político interno, especialmente após a megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortos e reacendeu o debate sobre o avanço das facções no território nacional.

Contexto regional

A cooperação entre os países do Mercosul em temas de segurança tem sido ampliada desde 2023, quando os governos de Argentina, Paraguai e Uruguai passaram a compartilhar informações sobre tráfico transnacional e lavagem de dinheiro.

Fontes diplomáticas consultadas pela CNN afirmam que a declaração paraguaia será acompanhada de novos protocolos de inteligência conjunta com o Brasil, independentemente de uma posição formal do governo federal.

Conclusão

Com o Paraguai e a Argentina classificando o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, cresce o isolamento do Brasil nesse tema. Enquanto os vizinhos reforçam o discurso de guerra ao narcotráfico, o governo brasileiro ainda trata as facções como organizações criminosas comuns — o que, para críticos, representa uma resistência ideológica a uma mudança de postura mais dura no combate ao crime organizado.

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Bruno Rigacci

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