Cláudio Castro dobra a aposta contra defensores de bandidos

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declarou nesta quarta-feira (29) que, em sua visão, as únicas vítimas da megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha foram os quatro policiais mortos durante os confrontos.

A fala foi feita em coletiva de imprensa, poucas horas após a Defensoria Pública do Estado informar que o número de mortos na operação já havia chegado a 132, entre suspeitos e agentes de segurança.

“Aquelas foram as verdadeiras quatro vítimas. De vítimas, ontem, só tivemos os quatro policiais”, afirmou o governador.

A declaração reforça o posicionamento firme de Castro em defesa da ação policial, considerada a maior da história do Rio de Janeiro, com mais de 2,5 mil agentes mobilizados em uma ofensiva contra o Comando Vermelho, facção que domina grande parte das comunidades onde ocorreram os confrontos.

Durante a coletiva, o governador disse que o objetivo da operação era restabelecer o controle do Estado em áreas dominadas pelo tráfico, e negou qualquer irregularidade na atuação das forças de segurança.

“Foi uma operação planejada, coordenada e necessária. O Rio de Janeiro não pode mais ser refém do crime organizado”, declarou Castro.

A fala, porém, dividiu opiniões. Enquanto associações de policiais e parte da população elogiaram a postura do governador, organizações de direitos humanos e setores da oposição criticaram o tom da declaração, afirmando que o governo minimiza o número de mortos e não garante transparência nas investigações.

O caso reacendeu o debate sobre a política de segurança pública no estado e sobre o equilíbrio entre o combate ao crime e a preservação de vidas durante operações em comunidades.

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Bruno Rigacci

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