A conivência política e judicial que fortalece o crime no Rio de Janeiro (veja o vídeo)
Enquanto os Estados Unidos se preparam para agir contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, o Brasil enfrenta sua própria guerra interna. No Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV), a mais antiga e violenta facção criminosa do país, desafia o Estado com armas de guerra e tecnologia de drones, colocando em risco milhares de cidadãos que vivem em áreas dominadas pelo tráfico.
A situação, comparável a zonas de conflito como a Faixa de Gaza, revela um colapso de autoridade estatal e, segundo críticos, uma ausência de vontade política para enfrentar o crime organizado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem evitado classificar facções criminosas como organizações terroristas, é acusado por adversários de tratar criminosos como “vítimas da sociedade” e de se omitir diante da escalada da violência.
A polêmica ganha contornos ainda mais graves quando se lembra que, desde 2020, uma decisão monocrática do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), restringe operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. A medida, tomada sob o argumento de proteger civis inocentes, teria — segundo críticos — favorecido a expansão territorial e armamentista do tráfico, que hoje controla vastas áreas da capital fluminense.
O mesmo ministro Fachin foi responsável, em 2021, por anular as condenações de Lula na Lava Jato, decisão que devolveu ao petista seus direitos políticos e abriu caminho para sua vitória nas eleições de 2022. A decisão foi amplamente contestada por juristas e parte da opinião pública, que viram nela um arranjo jurídico controverso com consequências políticas diretas.
O governador Cláudio Castro também afirmou publicamente que o governo federal negou três pedidos de apoio para reforçar a segurança no Estado. A recusa, somada à hesitação do Planalto em enfrentar o tráfico como uma questão de segurança nacional, levanta suspeitas de omissão deliberada.
Enquanto o crime avança e o Rio se torna refém de facções armadas, a percepção de impunidade cresce. O país parece viver um paradoxo moral: um governo que se diz defensor dos pobres e oprimidos, mas que fecha os olhos para a opressão imposta por criminosos armados sobre as comunidades.
Se a Venezuela de Maduro enfrenta agora o cerco internacional por causa da tirania política, o Brasil corre o risco de ser dominado por uma tirania criminal, alimentada pela leniência política e judicial que enfraquece o Estado e fortalece o crime.





