Andrei diz a verdade e irrita profundamente o PT e o Planalto
A declaração do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, provocou um verdadeiro mal-estar dentro do governo Lula e entre parlamentares petistas. O motivo: ele disse a verdade — algo que, segundo críticos, parece ser “proibido na esquerda”.
Durante entrevista nesta terça-feira (28), Andrei admitiu que a PF foi consultada sobre a possibilidade de participar da operação contra o crime organizado no Rio de Janeiro, realizada pelas forças estaduais. A fala contrariou o discurso que vinha sendo repetido por aliados do governo, de que Brasília não sabia de nada sobre a ação.
“A nossa equipe entendeu que não era uma operação razoável para que a gente participasse”, afirmou o chefe da PF.
A sinceridade de Andrei acabou expondo a contradição do governo federal, que tentava se distanciar da crise de segurança no Rio. Segundo fontes em Brasília, petistas ficaram indignados com a fala, que desmontou a narrativa de desconhecimento.
Em meio ao constrangimento, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chegou a interromper o diretor-geral durante a entrevista, numa tentativa de conter os danos políticos. Mas já era tarde: Andrei havia “dado com a língua nos dentes”.
A revelação reforça o desgaste do governo Lula no tema da segurança pública, já criticado por negar o pedido de blindados feito pelo governador Cláudio Castro e por recusar-se a decretar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado.
Enquanto isso, a oposição cobra a demissão de Andrei Rodrigues, mas por motivos opostos: para os opositores, a decisão da PF de não participar da operação mostra omissão e covardia do governo federal.
Nos bastidores, o episódio é visto como mais um capítulo da crise de comando que atinge o Planalto — dividido entre a tentativa de preservar a imagem política de Lula e a pressão crescente por resultados na segurança pública.





