“A gente pode estar lidando com um braço armado e clandestino desse regime que comanda o Brasil de forma ilegal” (veja o vídeo)

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pretende enviar militantes à Venezuela para apoiar o governo do presidente Nicolás Maduro diante do aumento das tensões com os Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo dirigente nacional do movimento, João Pedro Stédile, durante o Congresso Mundial em Defesa da Mãe Terra, realizado entre os dias 8 e 10 de outubro, em Caracas, com a participação de delegações de 65 países.

Em um discurso inflamado, Stédile conclamou a solidariedade de movimentos latino-americanos ao regime chavista:

“[Vamos] firmar um compromisso aqui em Caracas. Aos gringos, não se atrevam a entrar na Venezuela porque todos nós cerramos fileiras e estaremos com vocês. Contem com o povo brasileiro, de Guatemala, Uruguai. Os povos da América Latina estaremos com vocês lutando até que o último marinheiro volte para alguma tumba em seu próprio país. Viva Hugo Chávez, viva o povo da Venezuela, viva a unidade dos povos.”

A fala provocou forte repercussão política no Brasil, especialmente entre parlamentares e lideranças de oposição. Durante o Jornal do JCO, o professor Marcos Pizzolatto, o advogado Claudio Caivano e o jornalista Diogo Forjaz debateram o tema, e o vereador Darcio Bracarense, de Vitória (ES), participou com críticas contundentes a Stédile e ao MST.

Bracarense revelou ter protocolado uma queixa-crime contra o dirigente por formação de milícia e hostilidade internacional, com base em trechos do discurso.

“Precisamos registrar, minimamente nas linhas da história, o que estamos vivendo nesse momento. Temos a confissão da formação de um grupo armado, atentando contra nossa Constituição, que proíbe a criação de grupos armados. Stédile está cometendo crime. Ele é uma pessoa que frequenta a cozinha do Palácio do Planalto, tanto que integrou comitiva do Brasil para a China.
A gente pode estar lidando com um braço armado e clandestino desse regime que comanda o Brasil de forma ilegal”, afirmou o vereador.

A assessoria do MST não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento. O Palácio do Planalto também não comentou a fala de Stédile, que é considerado um aliado histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) e figura próxima ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O episódio reacende o debate sobre o engajamento político do MST em pautas internacionais e levanta questionamentos sobre limites legais de manifestações públicas de solidariedade a regimes estrangeiros.

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Bruno Rigacci

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