“O sistema não busca justiça: busca eliminação”
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) fez um desabafo em suas redes sociais neste sábado (25), afirmando que existe uma tentativa coordenada de “aniquilar” seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar afirmou que as ações contra o ex-chefe do Executivo fariam parte de um “projeto” para eliminar sua presença da vida pública e apagar seu legado político.
“Não querem apenas censurar Jair Bolsonaro. Querem apagá-lo da história. Os passos são nítidos — cada decisão, cada manchete, cada silêncio ensaiado. O sistema não busca justiça: busca eliminação”, escreveu.
Carlos Bolsonaro prosseguiu com críticas ao que chamou de “ordem” para eliminar qualquer figura associada ao ex-presidente:
“A ordem foi dada. E todos — dos que a executam de forma descarada aos que se fingem de neutros, passando principalmente pelos ‘limpinhos’ — trabalham na mesma missão: aniquilar Bolsonaro e qualquer um que carregue seu sobrenome.”
O vereador concluiu afirmando que a perseguição, segundo ele, apenas reforça a importância política de seu pai:
“É o novo capítulo de um projeto que não suporta oposição, que teme a voz de quem representa milhões. Mas há uma verdade inegociável: quanto mais tentam destruí-lo, mais evidente fica o motivo pelo qual ele é temido.”
Contexto
A declaração ocorre em meio a uma série de investigações que envolvem Jair Bolsonaro, entre elas o inquérito das joias da Arábia Saudita, o caso das supostas fraudes em cartões de vacinação e a apuração sobre tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Nas últimas semanas, aliados do ex-presidente têm reforçado o discurso de que ele estaria sendo alvo de “perseguição política” por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF).
A publicação de Carlos Bolsonaro repercutiu amplamente entre apoiadores do ex-presidente, que voltaram a usar nas redes sociais hashtags como #BolsonaroInocente e #PerseguiçãoPolítica.
Até o momento, nem o STF nem a Polícia Federal se pronunciaram oficialmente sobre as declarações do vereador.





