URGENTE: Às vésperas da reunião Lula-Trump, big techs se levantam contra o petista
Às vésperas da reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, marcada para este domingo (26) na Malásia, as grandes empresas de tecnologia intensificaram críticas à proposta do governo brasileiro que cria regras de regulação econômica das plataformas digitais.
Segundo apurou a CNN, representantes de Google, Meta, TikTok, Uber, Amazon e Kwai, entre outras companhias, enxergam na proposta um excesso de poder concedido ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As empresas vêm articulando com partidos da oposição no Congresso Nacional para tentar impedir o avanço do projeto, enviado pelo Palácio do Planalto em setembro.
O texto, segundo fontes do setor, ampliaria significativamente as atribuições do Cade sobre o funcionamento e a precificação dos serviços digitais, abrindo espaço para intervenções diretas em modelos de negócios e políticas internas das plataformas.
“O Cade vira praticamente um conselho de administração das plataformas. O projeto permite que o órgão exija o que quiser das empresas, sem limites claros”, afirmou à CNN o diretor-executivo do Conselho Digital, Felipe França, que representa as principais big techs no país.
A discussão ganhou novo contorno internacional após Trump mencionar o tema em uma carta enviada em julho ao governo brasileiro. No documento, o presidente norte-americano classificou a proposta de regulação como “prejudicial às liberdades econômicas” e fez críticas ao que chamou de “caça às bruxas” do Judiciário brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na mesma carta, Trump também anunciou a intenção de aplicar uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos — medida que, segundo fontes diplomáticas, ainda não foi formalizada, mas que adiciona tensão ao encontro bilateral previsto para o fim de semana.
Nos bastidores, interlocutores do Planalto afirmam que Lula deve manter a defesa da proposta, argumentando que o objetivo é equilibrar o poder econômico das plataformas e garantir regras de competição mais justas no ambiente digital.
Enquanto isso, representantes das big techs reforçam a ofensiva política em Brasília para tentar adiar a tramitação do projeto ou propor mudanças que limitem a atuação do Cade sobre o setor.





