Maduro se acovarda, faz apelo em inglês suplicando “paz” e recebe resposta imediata
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo em inglês nesta quinta-feira (23) para reduzir a tensão militar na região do Caribe, após o envio de tropas norte-americanas a operações que as autoridades dos EUA descrevem como ações contra o tráfico de drogas. A declaração — segundo relato oficial — ocorre num momento em que ataques americanos a embarcações suspeitas de ligação com cartéis e narcotraficantes vêm se tornando mais frequentes, tanto no Caribe quanto no Pacífico.
Em resposta, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou que, um dia após o apelo de Maduro, realizou um novo ataque contra uma embarcação na região — o que teria sido o décimo bombardeio contra navios relacionados a atividades de narcotráfico na operação atual — elevando o total de mortos para 43, segundo relatos divulgados pelas autoridades americanas.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou nesta sexta-feira (24) que a embarcação atacada pertencia ao grupo conhecido como Tren de Aragua, cartel de origem venezuelana. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Hegseth fez um duro ultimato contra redes de narcoterrorismo hemisférico:
“Se você é um narcoterrorista contrabandeando drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda. Dia ou noite, mapearemos suas redes, rastrearemos seu pessoal, o caçaremos e o mataremos”, escreveu o secretário.
Do lado venezuelano, Maduro pediu de forma pública uma redução das hostilidades e instou por contenção para evitar uma escalada militar na região, segundo a transcrição de seu apelo. O presidente venezuelano tem criticado operações estrangeiras que, em sua avaliação, podem violar a soberania regional.
Fontes militares e diplomáticas consultadas pelas partes divergem sobre a natureza e a legalidade de algumas ações: autoridades norte-americanas descrevem as operações como parte de uma ofensiva contra cartéis que trafegam pelo Caribe e que representam ameaça às rotas e à segurança hemisférica; representantes venezuelanos têm condenado a presença e o emprego de força por potências estrangeiras em águas próximas à região.
O episódio acende um debate sobre estratégia e proporcionalidade: críticos das ações americanas alertam para riscos de escalada e para potenciais danos a civis e à estabilidade regional, enquanto defensores afirmam que os ataques são necessários para desarticular redes de narcotráfico que operam em alto mar e financiam organizações criminosas.
Até o fechamento desta reportagem (com base nas informações fornecidas), não houve divulgação oficial de investigações independentes sobre as circunstâncias de cada ataque, nem confirmação pública e detalhada das identidades das vítimas a partir de fontes neutras.





