Rodrigo Paz vence o 2º turno e será o novo presidente da Bolívia

O senador de centro Rodrigo Paz foi eleito presidente da Bolívia neste domingo (19), ao vencer o segundo turno das eleições com 54% dos votos, contra 45% do ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, segundo os dados divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do país.

Com 98% das urnas apuradas por volta das 21h (horário de Brasília), o presidente do TSE, Oscar Hassenteufel, declarou que o resultado “parece ser irreversível”, confirmando a vitória de Paz.

 Vitória e mensagem de união

Pouco após o anúncio extraoficial, o vice-presidente eleito, Edman Lara, falou com jornalistas na porta de sua residência, em Santa Cruz, e celebrou a vitória:

“É tempo de nos unirmos, é tempo de nos reconciliarmos. Acabaram-se as cores políticas.”

Lara afirmou ainda que ele e Rodrigo Paz estão prontos para ir a La Paz e iniciar imediatamente os trabalhos para enfrentar a crise econômica que assola o país.

“Temos urgência em apresentar soluções concretas. A Bolívia precisa de estabilidade e crescimento.”

 Desafios internacionais

Entre os principais desafios do novo governo está a possível reaproximação diplomática com os Estados Unidos, cuja relação com a Bolívia foi interrompida desde 2008, após o então presidente Evo Morales expulsar o embaixador norte-americano sob acusações de ingerência política.

Analistas apontam que a eleição de um presidente de centro, com perfil moderado e aberto ao diálogo, pode representar um novo capítulo na política externa boliviana, especialmente diante do isolamento diplomático que marcou parte da última década.

 Quem é Rodrigo Paz?

Rodrigo Paz é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou a Bolívia entre 1989 e 1993. Com trajetória política moderada e voltada ao diálogo institucional, Paz ganhou projeção nacional por seu discurso conciliador e propostas econômicas liberais com sensibilidade social.

Sua vitória marca uma ruptura com o polarizado ciclo político boliviano das últimas décadas, dominado por disputas entre populistas de esquerda e conservadores tradicionais.

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Bruno Rigacci

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